“Negra guerreira, mulher brasileira” foi o refrão do rap apresentado por duas jovens na abertura da sessão solene em homenagem ao Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, realizada na noite de 26 de julho, na Câmara Municipal. Proposta pelo vereador Nestor Schwernter (PT) em parceria com a Diretoria Municipal de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Dimppir), a solenidade lotou o plenário da Casa. Coordenada por Nestor, a mesa foi composta pela titular da Dimppir, Márcia Teresinha da Cruz Fernandes; a secretária de Políticas para as Mulheres, Necca Steffen; a advogada e coordenadora adjunta da ONG Maria Mulher de Porto Alegre, Letícia Lemos da Silva; a representante da Secretaria de Saúde de POA, Elaine Oliveira; e o vereador Alexandre Schuh (PT).
A sessão foi dedicada em memória à Isaura Maia de Oliveira, militante na questão racial em São Leopoldo, que trabalhou a educação popular para jovens, adultos e mulheres. Foi filiada ao PT municipal e participou da apresentação do Projeto Mulheres da Paz, em Brasília, que faz parte do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci). O filho dela, Tiago Oliveira, ativista do Movimento Hip Hop, recebeu homenagem da Dimppir na abertura da solenidade.
Márcia Teresinha Fernandes (Dimppir) falou sobre a importância do papel desempenhado pela mulher negra no trabalho e nos lares. Ela argumentou que ainda existe discriminação com as mulheres negras no mercado de trabalho, saúde e na juventude. “Mas temos que continuar lutando para mostrar que somos batalhadoras pelos nossos direitos”, declarou.
A professora Paulete Souto, representante da Associação Afro-umbandista/SL, destacou o trabalho das mulheres de matriz africana. “Somos acolhedoras em nossos terreiros, no entanto, temos uma luta permanente contra a discriminação da nossa religião”, ressaltou.
Como advogada e coordenadora da ONG Maria Mulher, Letícia Lemos da Silva, reforçou que os negros chegaram até aqui com o esforço das mães pretas que cuidaram de todos. “O curandeirismo é crime, mas não deixamos de praticá-lo em nossos ritos. Uma casa de santo é um verdadeiro quilombo. Nossa religião abre as portas para pessoas de várias etnias. O terreiro é como se fosse uma verdadeira senzala. Nós negros somos acolhedores”, destacou.
Elaine Oliveira da Secretaria de Saúde de POA abordou a saúde da população negra. “Em pesquisas constatamos que as mulheres negras são discriminadas nas redes de saúde pública. Elas recebem menos atendimento pré-natal e outros tratamentos médicos fundamentais para a saúde. Hoje temos uma Política Nacional de Saúde da População Negra, que nos proporcionou alguns avanços”, salientou.
Como representante do governo municipal, a secretária de Políticas para as Mulheres, Necca Steffen, comentou sobre a Carta Consciência de Brasília, que trata de temas relevantes para a mulher. “A ocupação das mulheres nos espaços de poder e a igualdade de cargos e salários para as mulheres negras foram aspectos importantes neste manifesto que deve ser amplamente divulgado”, reforçou.
Na ocasião foram homenageadas dez mulheres negras de destaque na cidade na religião, educação, movimento social, economia solidária e carnaval. A atividade encerrou com a dança representando o orixá Iemanjá, regente de 2010.
Data é comemorada em 25 de julho
A sessão foi dedicada em memória à Isaura Maia de Oliveira, militante na questão racial em São Leopoldo, que trabalhou a educação popular para jovens, adultos e mulheres. Foi filiada ao PT municipal e participou da apresentação do Projeto Mulheres da Paz, em Brasília, que faz parte do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci). O filho dela, Tiago Oliveira, ativista do Movimento Hip Hop, recebeu homenagem da Dimppir na abertura da solenidade.
Márcia Teresinha Fernandes (Dimppir) falou sobre a importância do papel desempenhado pela mulher negra no trabalho e nos lares. Ela argumentou que ainda existe discriminação com as mulheres negras no mercado de trabalho, saúde e na juventude. “Mas temos que continuar lutando para mostrar que somos batalhadoras pelos nossos direitos”, declarou.
A professora Paulete Souto, representante da Associação Afro-umbandista/SL, destacou o trabalho das mulheres de matriz africana. “Somos acolhedoras em nossos terreiros, no entanto, temos uma luta permanente contra a discriminação da nossa religião”, ressaltou.
Como advogada e coordenadora da ONG Maria Mulher, Letícia Lemos da Silva, reforçou que os negros chegaram até aqui com o esforço das mães pretas que cuidaram de todos. “O curandeirismo é crime, mas não deixamos de praticá-lo em nossos ritos. Uma casa de santo é um verdadeiro quilombo. Nossa religião abre as portas para pessoas de várias etnias. O terreiro é como se fosse uma verdadeira senzala. Nós negros somos acolhedores”, destacou.
Elaine Oliveira da Secretaria de Saúde de POA abordou a saúde da população negra. “Em pesquisas constatamos que as mulheres negras são discriminadas nas redes de saúde pública. Elas recebem menos atendimento pré-natal e outros tratamentos médicos fundamentais para a saúde. Hoje temos uma Política Nacional de Saúde da População Negra, que nos proporcionou alguns avanços”, salientou.
Como representante do governo municipal, a secretária de Políticas para as Mulheres, Necca Steffen, comentou sobre a Carta Consciência de Brasília, que trata de temas relevantes para a mulher. “A ocupação das mulheres nos espaços de poder e a igualdade de cargos e salários para as mulheres negras foram aspectos importantes neste manifesto que deve ser amplamente divulgado”, reforçou.
Na ocasião foram homenageadas dez mulheres negras de destaque na cidade na religião, educação, movimento social, economia solidária e carnaval. A atividade encerrou com a dança representando o orixá Iemanjá, regente de 2010.
Data é comemorada em 25 de julho
No I Encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas, em 1992, na cidade de San Domingo, República Dominicana, foi definido o dia 25 de julho, como o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, com o propósito de construir um alerta visível para dizer ao mundo que as negras da América Latina e do Caribe, existem e vivem em condições de opressão racial/étnica e de gênero, o que implica em demandas próprias, além de demarcar o rompimento dos mitos “da mulher universal”, da “sororidade (o que não é fraterno) entre as mulheres” e da “sororidade entre os negros.” O feminismo da América Latina e do Caribe, incluindo o brasileiro, ignora o inteiro teor da luta anti-racista e não se deu conta que, em países como o Brasil (maior população negra fora da África e segundo maior país negro do mundo – só perde para a Nigéria), no qual metade das mulheres são negras, a não incorporação da perspectiva anti-racista pelo feminismo entrava seus propósitos libertários.