No dia 22 de setembro, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal recebeu a visita o delegado titular da 3.ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (3.ª DPRM), Mauro Vasconcellos. Ele foi convidado pelos parlamentares para esclarecer o tipo de abordagem policial feita pela Polícia Civil. O tema surgiu depois do incidente ocorrido com a diretora de Igualdade Racial de São Leopoldo, Márcia Teresinha da Cruz Fernandes, e mais quatro afro-descendentes, que alegam ter sofrido discriminação racial durante uma abordagem policial. O fato ocorreu no dia 22 de julho, no bairro Vicentina.
A situação foi levada à Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo vereador Nestor Schwertner (PT), que recolheu depoimentos de outros casos de abuso e discriminação racial durante abordagem policial. De acordo com o delegado Mauro Vasconcelos a abordagem feita pela Civil é baseada no respeito ao cidadão. “Pedimos documento do carro e documento de identidade. Nossa técnica segue o princípio do respeito às pessoas. Em caso de abuso de autoridade ou excessos, o policial responde por isso”, elucidou.
Márcia argumentou que as corporações policiais precisam mudar a cultura, respeitando os cidadãos, independente de cor, durante as abordagens. Para Nestor Schwertner, os casos apresentados à Comissão foram provocados por atos discriminatórios, que ocorrem com a maioria dos cidadãos, excedendo a abordagem padrão.
O próximo passo do grupo é ouvir a Brigada Militar para identificar qual o tipo de abordagem adotada pela corporação. Também participam da Comissão de Direitos Humanos os vereadores Nestor Moraes (PSB), Daniel Daudt Schaefer (PMDB) e Dolores Pessoa (PT).
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