No dia 27 de março, o vereador Nestor Schwertner (PT/SL) e seus apoiadores participaram do seminário “A estratégia socialista hoje”, organizado pelo deputado Ronaldo Zülke (PT). A atividade ocorreu no auditório do SESC, em Gravataí, reunindo lideranças políticas de Porto Alegre e região metropolitana. O primeiro palestrante foi o economista Márcio Pochmann, presidente do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Ele ressaltou o protagonismo do Brasil no atual cenário internacional, marcado pela grande crise do sistema capitalista em 2009.
Pochmann defendeu que o “deslocamento do centro dinâmico do mundo”, com os problemas enfrentados pelos Estados Unidos, abriu possibilidade do Brasil liderar a construção de um novo projeto de desenvolvimento em âmbito mundial, denominado por ele de “sociedade superior”. Para isto, sustentou o economista, o país precisa elaborar uma “agenda civilizatória, que modernize o Estado e o coloque em condições de “enfrentar os desafios do século 21”.
Para Márcio Pochmann, uma questão chave neste momento é sintonizar as políticas públicas com as mudanças que estão ocorrendo no mundo do trabalho, com os avanços registrados nas áreas tecnológica, científica, educacional e demográfica. “Hoje, o ensino superior não é mais teto, é o piso dentro da formação de um profissional, portanto o ingresso do jovem no mercado de trabalho poderia ser adiado para os 25 anos. Também seria necessário remodelar o sistema educacional, de forma que a educação fosse pensada como um processo para a vida inteira, pois, em 2030, a estimativa de vida das pessoas deve chegar a 100 anos; no início do século era de 35 anos. Além disso, a ciência conseguiu separar a reprodução humana do sexo e as famílias, que antes eram numerosas, são cada vez menores. Tudo isto muda dramaticamente as relações de trabalho e as instituições, nos moldes como estão organizadas hoje, não estão preparadas para o futuro”, avaliou.
Pochmann dividiu a exposição com o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário. Atual presidente da Petrobrás Biocombustíveis, Miguel Rosssetto destacou a importância de a sociedade estar inserida no debate sobre as mudanças que devem ser operadas. “Não há dúvidas de que os governos do presidente Lula foram e ainda são decisivos para o Brasil, neste momento, junto com outros países como a China e a Índia puxar a recuperação da economia mundial. Agora, do ponto estratégico temos que organizar um sistema produtivo e social que tenha tamanho suficiente para ofertar os serviços e bens essenciais à vida da população, desconcentrando poder, distribuindo renda, democratizando o acesso à saúde e à educação, estimulando o surgimento de novos modelos, como a economia solidária, adotando padrões energéticos sustentáveis e colocando um ponto final na relação predatória com o meio ambiente, na exclusão racial e na discriminação de gênero. Tudo isto faz parte daquilo que estamos chamando de revolução democrática para o País, da estratégica programática que o Brasil deve oferecer em escala mundial”.Segundo ambos palestrantes, estes são os principais obstáculos a serem superados dentro da perspectiva socialista para o século 21. “A crise do modelo americano mostrou que nossas teses em defesa da ação reguladora do Estado estavam corretas. Nós resistimos, preservando o Banco do Brasil, a Petrobrás, o BNDES. A experiência brasileira é reconhecida como vitoriosa e isto nos dá respaldo para ousar”, observou Rosetto.
Ao concluir, Marcio Pochmann lembrou que a maioria política construída pelo presidente Lula no Brasil “abriu abre uma janela de oportunidades para uma o surgimento de uma sociedade menos consumista e mais autônoma, simples, e saudável, com uma jornada de trabalho que preserve o tempo do lazer e o entrosamento familiar. “A ousadia é a trajetória que devemos perseguir”, concluiu o economista.
Informações extraídas Do Blog do Charles Scholl, postado no site www.vermelho.org.br Osvaldo Bertolino "Do outro lado da notícia".
Pochmann defendeu que o “deslocamento do centro dinâmico do mundo”, com os problemas enfrentados pelos Estados Unidos, abriu possibilidade do Brasil liderar a construção de um novo projeto de desenvolvimento em âmbito mundial, denominado por ele de “sociedade superior”. Para isto, sustentou o economista, o país precisa elaborar uma “agenda civilizatória, que modernize o Estado e o coloque em condições de “enfrentar os desafios do século 21”.
Para Márcio Pochmann, uma questão chave neste momento é sintonizar as políticas públicas com as mudanças que estão ocorrendo no mundo do trabalho, com os avanços registrados nas áreas tecnológica, científica, educacional e demográfica. “Hoje, o ensino superior não é mais teto, é o piso dentro da formação de um profissional, portanto o ingresso do jovem no mercado de trabalho poderia ser adiado para os 25 anos. Também seria necessário remodelar o sistema educacional, de forma que a educação fosse pensada como um processo para a vida inteira, pois, em 2030, a estimativa de vida das pessoas deve chegar a 100 anos; no início do século era de 35 anos. Além disso, a ciência conseguiu separar a reprodução humana do sexo e as famílias, que antes eram numerosas, são cada vez menores. Tudo isto muda dramaticamente as relações de trabalho e as instituições, nos moldes como estão organizadas hoje, não estão preparadas para o futuro”, avaliou.
Pochmann dividiu a exposição com o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário. Atual presidente da Petrobrás Biocombustíveis, Miguel Rosssetto destacou a importância de a sociedade estar inserida no debate sobre as mudanças que devem ser operadas. “Não há dúvidas de que os governos do presidente Lula foram e ainda são decisivos para o Brasil, neste momento, junto com outros países como a China e a Índia puxar a recuperação da economia mundial. Agora, do ponto estratégico temos que organizar um sistema produtivo e social que tenha tamanho suficiente para ofertar os serviços e bens essenciais à vida da população, desconcentrando poder, distribuindo renda, democratizando o acesso à saúde e à educação, estimulando o surgimento de novos modelos, como a economia solidária, adotando padrões energéticos sustentáveis e colocando um ponto final na relação predatória com o meio ambiente, na exclusão racial e na discriminação de gênero. Tudo isto faz parte daquilo que estamos chamando de revolução democrática para o País, da estratégica programática que o Brasil deve oferecer em escala mundial”.Segundo ambos palestrantes, estes são os principais obstáculos a serem superados dentro da perspectiva socialista para o século 21. “A crise do modelo americano mostrou que nossas teses em defesa da ação reguladora do Estado estavam corretas. Nós resistimos, preservando o Banco do Brasil, a Petrobrás, o BNDES. A experiência brasileira é reconhecida como vitoriosa e isto nos dá respaldo para ousar”, observou Rosetto.
Ao concluir, Marcio Pochmann lembrou que a maioria política construída pelo presidente Lula no Brasil “abriu abre uma janela de oportunidades para uma o surgimento de uma sociedade menos consumista e mais autônoma, simples, e saudável, com uma jornada de trabalho que preserve o tempo do lazer e o entrosamento familiar. “A ousadia é a trajetória que devemos perseguir”, concluiu o economista.
Informações extraídas Do Blog do Charles Scholl, postado no site www.vermelho.org.br Osvaldo Bertolino "Do outro lado da notícia".
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